segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Compras no espaço - parte 7 : Cultura Alienigena

Depois de um dia de aula em Saturno, fui pedir para Cristiane materiais, pois ela ainda não havia me dado cadernos, livros, lápis e canetas. Chegando em sua sala, disse:
-Olá, preciso dos meus materiais para a escola.
-Sim, irei te dar agora mesmo, comprei as coisas necessárias hoje de manhã.-disse Cristiane.
-Olha, não estou aceitando essa situação se você deseja saber, isso é loucura, eu não pertenço a esse mundo, e pode apostar que vou sair o mais cedo possível daqui.- eu disse.
-Você não precisa aceitar, até porque não conseguirá sair daqui até que cumpra sua missão, mas todos que falam isso desejam viver aqui, não duvido que você será igual aos outros.- ela disse.
-Eu não sou qualquer um, e diferente de outros que possam ter passado por aqui, eu tenho pessoas que me amam no planeta Terra, gente bem mais importante que esse planeta que ninguém se importa.-eu disse.
-Você não sabe do que está falando, tem mais motivo do que qualquer um para ficar aqui...-Cristiane disse com um tom que eu não gostei.
-Que seja! Vou dar uma volta.-disse quase gritando.
Fui para o quarto que estava dividindo com Thaimana para guardar minhas coisas da escola, quando Thaimana entrou no quarto.
-Eai Tif, fazendo o que?
-Apenas arrumando umas coisas e você?-eu perguntei.
-Vim aqui pegar minha bolsa para ir ao centro me divertir, é obvio!-disse Thaimana toda animada.
-Haha... E o que tem de demais nesse centro?-perguntei com desdém.
-Muita coisa que o seu planeta não tem. Anda, vamos e eu te mostro!-disse me puxando pela mão.
Lá, tirando os seres esquisitos, tinham pessoas normais como eu. Lá não se usava o dinheiro para nada, eles simplesmente trabalhavam de graça e nada era comprado lá. Pegamos um táxi, e chegamos ao centro depois de uns 20 minutos. Thaimana me convidou para jantar em um restaurante típico de lá, para eu conhecer a culinária. Pedi um prato chamado Melicot, que Thaimana me explicou ser um tipo Parmegiana do planeta Terra. Ela pediu outro prato para ela e ficamos conversando até os nossos pedidos chegarem à nossa mesa. Quando nossos pratos chegaram, o cheiro e a aparência eram muito bons, o que estimulou a minha fome, pois não tinha almoçado.
-Hmmm... Deve estar muito bom! Vou comer logo antes que esfrie.-eu disse muito curiosa para saber que sabor tinha aquela comida.
Quando eu experimentei, senti aquele gosto azedo horrível que me deu vontade de vomitar, que foi o que aconteceu logo depois de eu sentir a comida. Vomitei até não querer mais e perguntei a Thaimana:
-Que espécie de comida é essa???
-Esta minha querida, é a comida Saturnana!-falou com um sorriso que ia de uma orelha a outra.
-Isto é horrível! De que é feito??-disse indignada.
-Fezes de cavalo terrestre, sim, o cavalo do SEU planeta Terra!
-Fezes??? Vocês de Saturno são completamente paranóicos! 
Esperei que Thaimana terminasse sua comida Saturnana e depois fomos a uma sorveteria que ela me garantiu que era boa. Realmente, a sorveteria era muito boa, eu tomei sorvete de limão siciliano e Thaimana de chocolate, foi ótimo. Depois disso, fomos andar mais um pouco antes de irmos embora para nosso quarto. Em uma praça de Saturno, estavam muitas pessoas que pareciam ser da nossa idade se divertindo muito escutando um dos colegas cantando em um palquinho enquanto riam e conversavam. Nos juntamos naquele meio em que Thaimana conhecia a maioria e me enturmei com alguns amigos dela. Até que eu disse:
-Qual é gente, eu posso fazer melhor do que esse menino que parece estar mais pra lá do que pra cá!
-Então suba no palco e faça melhor estrelinha do planeta Terra!-disseram alguns dos amigos de Thaimana.
-É isso mesmo que irei fazer!-disse confiante.
A primeira música que se passou por minha cabeça foi When I Look At You, talvez porque me lembrava de casa, então a cantei conforme o prometido. Confesso que não sou nenhuma Miley Cyrus, mas acho que fiz bonito pois aplaudiram e o público parecia mais sentir a música do que ouvi-la. Saí do palco satisfeita e confiante e então voltei para o quarto a pé com Thaimana pois não achamos táxi livre. Até que Saturno não era tão estranho assim, podia me acostumar lá, mas não viveria por lá para sempre, mesmo com todas as qualidades que Saturno possuía, eu sentia falta de casa...

2 comentários:

  1. Paloma, essa história está ficando interessante, quero ver até onde vai sua imaginação. Quem sabe molhos a base de cocô de cavalo não sejam bons para aguçar a imaginação, sem claro fugir do roteiro que você fez, que é fabuloso.
    Beijos.
    Tia Célia

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  2. obrigado tia celia estou tentando ter ideias que ninguem jamais teve ! Bjos

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